Em ciências, a botânica tende a ser uma das áreas com maior dificuldade de ensino. Dentre as causas dessa dificuldade, podem ser citados a falta de materiais práticos e a utilização de métodos padronizados, resumindo o conteúdo a fórmulas, conceitos e exercícios. Este conjunto de problemáticas costuma gerar um maior desinteresse dos alunos sobre o conteúdo, de modo que, por muitas vezes, sua importância deixa de ser evidenciada. Áreas verdes urbanas podem ser representadas por praças, parques, jardins domésticos e públicos, telhados verdes, canteiros de flores e passeios públicos, que promovem diversos serviços ecossistêmicos essenciais à vida humana. Desse modo, tais espaços são de fácil acesso e comuns a trajetos cotidianos, tendo um alto potencial para um ensino botânico estimulante. Isso ocorre graças à riqueza de materiais naturais presentes nesses espaços, além da presença ativa de polinizadores e a possibilidade de correlação do que está sendo estudado com as experiências cotidianas da turma. Para provar sua eficiência, foi elaborada uma atividade de campo com alunos do 7° ano, onde houveram visitas às áreas verdes próximas à escola durante o processo de ensino de botânica. Logo, pôde ser observado um resultado positivo quanto ao uso das áreas verdes durante o ensino, visto que, foi nítido o entusiasmo e interesse dos alunos durante as visitações, buscando de forma proativa identificar os conteúdos e estruturas vistas em sala de aula, além da alta correlação com outros conteúdos vistos, estimulando a interdisciplinaridade e evidenciação da importância da botânica para o bem-estar humano.