O trabalho ora apresentado tem o intento de pontuar reflexões teóricas concernente aos corpos-territórios na América Latina, com ênfase no Brasil. As discussões versam sobre os sujeitos-tempo-espaço da América Latina, na estrutura de poder tempo/espaço e sistema-mundo, às relações e as formas de exploração e/ou dominação e demarcação dos corpos-territórios. A relação e estratificação racial dos corpos-territórios na América Latina se deu, sobretudo, pela orientação do fenótipo, sobretudo, com o processo de colonização no continente americano, promovido pelos europeus. Não obstante, são acentuadas de modo que as atitudes e ações praticadas por corpos territórios negros são julgadas ora como ineficientes, ora como imprestáveis. A demarcação do corpo-território se materializou pela ideologia de marginalizados, subalternizados, invisibilizados e objetificados dos sujeitos negros e indígenas, potencializados, principalmente pelo processo colonial. Veremos neste trabalho que a estrutura criada pelos colonos desdobrou na estratificação étnica que temos nos dias atuais: Branco com privilégios socais, enquanto os demais corpos-territórios (tradicionais, negros, pretos, pardos, homossexuais, mulheres, etc.) estão sujeitos e expostos às mazelas e a todo tipo de desigualdade, retroalimentada em todas as esferas nos dias atuais. Trata-se de uma revisão de literatura, de cunho analítico bibliográfico, a partir de teóricos como Quijano (2005;2010), Miranda (2019), Santos (2006), Santos (2010), Spivak (2010) e Louro (2004).