A inclusão de alunos com deficiência nas salas de aula é uma realidade e os professores deveriam desempenhar um papel de importância na garantia de que esses alunos tenham acesso à educação de qualidade, como também reconhecer a diversidade nas formas de aprender. O saber é uma construção individual que resulta das interações do indivíduo com o mundo e com os outros. Assim sendo, o presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de um aluno em trabalhar com uma aluna surda, usuária da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), no desenvolvimento da tutoria disciplinar em Microbiologia Geral, durante a graduação em Ciências Biológicas. Para tanto, utilizamos como referencial teórico os conceitos de Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) e de relação com o saber. O DUA emerge como uma abordagem que visa tornar a educação mais inclusiva e acessível a todos os alunos, independentemente de suas necessidades e habilidades. Realizamos a metodologia através de pesquisas bibliográficas, documentais e entrevistas. Nesse sentido, este trabalho vem justamente abordar sobre a experiência de um aluno de graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas, mesmo a graduação não dando o suporte necessário para isso, por falta de uma base sólida no curso para esse tipo de ensino, ainda assim, é possível buscar e tentar fazer com que o ensino seja mais acessível e inclusivo. O trabalho também busca mostrar como foi o processo de criação de aulas, atividades, experiências visuais e exercícios, quais foram as inspirações, as dificuldades encontradas, a percepção de como uma graduação onde há uma deficiência no ensino de uma docência acessível, mas que mesmo assim o desafio foi superado e que permitiu o acesso ao processo de aprendizagem a pessoas com deficiência.