Este trabalho aborda a longeva discussão sobre o ensino de pronúncia, utilizando a metáfora da Cinderela, frequentemente citada por autores como Celce-Murcia (1996), Underhill (2011) e Plaza (2016), para descrever sua posição marginalizada no ensino de pronúncia. Ao longo de décadas, essa discussão se desdobrou em diversas abordagens, incluindo as intuitiva, analítica linguística e integrada, como destacado por Hammer (2007), Gliner (2002), Yasmin (2022), Himanollu (2009) e Henderson (2012), Conceitos como inteligibilidade em um contexto de Inglês como língua global ou língua franca (Crystal, 1999; Jenkins, 2000; Cruz, 2007, 2017; Browne, 2021; Lindsay, 2019) também têm sido fundamentais na discussão sobre o que é pronúncia e como desenvolver essa habilidade. Recentemente, as discussões avançaram para o papel da tecnologia, como evidenciado pelo interesse crescente na aplicação de ferramentas de CAPT (Computer-Assisted Pronunciation Training) ou CAPL (Computer-Assisted Pronunciation Learning) e reconhecimento de voz (Rogerson-Revell, 2021; Hongnaphadol, 2022, Gomes, 2021). Este estudo visa traçar um breve histórico das abordagens de ensino-aprendizagem de pronúncia no contexto do ensino de inglês como língua adicional, a fim de orientar professores e aprendizes sobre a complexidade e a variedade de métodos, estratégias e recursos disponíveis tanto para os professores, quanto para os aprendizes. Espera-se demonstrar que a pronúncia não precisa mais ser comparada à personagem de contos infantis que é mantida escondida atrás de portas e fora da visão, ou que não pode fazer parte do baile. Essa habilidade tem o seu lugar de destaque no processo de ensino-aprendizagem de inglês como língua adicional