Este trabalho trata de alguns relatos de experiências que brotam do estudo de grafismos indígenas. O estudo em questão acontece na escola pública, ensino fundamental, no Estado do Rio Grande do Norte. Parto de uma análise descritiva de uma série de atividades que estão nos territórios de estudo da Arte indigena (em busca de seus amplos e atuais entendimentos), e através desses relatos miro na intenção de tecer diálogos sobre as contribuições da arte para uma educação pautada no reconhecimento histórico e cultural dos povos originários. Além disso, objetivo trazer a urgência de colocar em prática algumas premissas previstas nos documentos normativos que são a lei 11.645 de 2008,, e a própria Base Nacional Curricular Comum (BNCC), quando trata especificamente do componente curricular das Artes. Serão discutidos alguns dos pontos que o Eisner (2008) traz para pensar a contribuição da arte para educação, dando destaque a colocação de que "Os limites do nosso conhecimento não são definidos pelos limites da nossa linguagem" (Eisner, 2008 p. 12). E, quando falamos de linguagens artísticas, estamos nos referindo a um infinito território de criação de formas de expressão, inclusive de linguagens ainda por serem criadas. É nesse universo de possibilidades de compreensões, representações e interpretações, que pretendo trilhar caminhos de discussão para tentar enriquecer o campo de pesquisa da educação através da arte. Nutrir ideias, dúvidas, nutrir processos. Em especial àqueles comprometidos com às questões dos povos originários, com o processo de formação histórico, cultural e social de nosso país, e, de preferência com àquelas histórias e referências que não devem ser esquecidas.