A questão central desse estudo é refletir sobre quais habilidades necessárias a formação de professores para atuar no Atendimento Educacional Especializado (AEE), qual o currículo, saberes e conhecimentos que perpassam por essa formação. Contudo, problematizar essa qualificação para além dos espaços escolares determinados (salas de recursos multifuncionais) é trazer a discussão a público na intenção de promover o debate generalizado sobre o tema com o propósito de transformar ideias e conceitos enraizados sobre a formação e atuação do professor de Educação Especial. Desse modo, a observação e a reflexão da prática são importantes componentes em uma Unidade escolar com estudantes com deficiência intelectual, e destina-se a promover atividades educativas e apontar estratégias pedagógicas que proporcionem o desenvolvimento dos estudantes no espaço escolar. A formação docente é uma prática humana de consolidar a Educação, sobretudo na Educação Especial, com práticas e saberes éticos, na garantia de direitos e formação para a cidadania plena. Refletir sobre a inclusão é ter um olhar de forma mais inclusiva, é compreender o significado da palavra e entender que inclusão é processo que vivenciamos a todos os minutos. Esse processo não pertence somente as estudantes público-alvo da Educação Especial ou refere-se a uma forma de ensinar e sim a todos que dela precisam e fazem da inclusão uma prática social e de vida uma ação em movimento. Pensar a inclusão demanda o compromisso com uma reorganização do sistema educacional e da própria sociedade, é vislumbrar esse processo não como uma simples reprodução de meros conteúdos, mas sim uma prática em potencial e não em ideias que estabeleçam a diferença.