Este trabalho surge como resultado de uma experiência profissional docente na Rede Municipal de Fortaleza-CE, por meio da qual foram implantadas as células de diversidade e inclusão nos seis distritos de educação que constituem a rede de ensino da capital cearense. Com essa ação do governo municipal, a Secretaria Municipal de Educação passou a contar com uma nova coordenadoria técnica, responsável pelas políticas pedagógicas que envolvem as temáticas de diversidade e de inclusão nos ambientes escolares. Nesta pesquisa, especificamente, abordaremos as ações iniciais que buscaram estimular as práticas pedagógicas sobre a Educação para as Relações Étnico-raciais (ERER), por meio da concessão do Selo Escola Antirracista às unidades escolares que desenvolveram e evidenciaram projetos interdisciplinares para uma educação antirracista. Para fundamentar as discussões, relacionaremos a legislação educacional que propõe a ERER no currículo das escolas brasileiras com as considerações epistemológicas das pesquisas em educação e ciências humanas que abordam o combate ao racismo como compromisso civilizatório das instituições escolares do sistema educacional brasileiro. Por fim, considerando que a educação deve seguir princípios libertadores e garantidores da plenitude do gozo dos direitos humanos, divulgamos a experiência com o Selo Escola Antirracista na Rede Municipal de Fortaleza-CE como prática institucional a ser replicada em outros contextos.