O presente artigo busca descrever uma pesquisa de intervenção pedagógica, de cunho qualitativo, no qual o objetivo principal é verificar a potencialidade da utilização de um jogo no ensino de funções quadráticas para uma turma de 9° ano do ensino fundamental de uma escola estadual de Teresina PI. Os pressupostos metodológicos que nortearam esse trabalho foram os estudos feitos por Borin e Piaget, em relação ao potencial educacional dos jogos aplicados no ensino. Para a realização desta investigação, foi confeccionado um jogo de tabuleiro com perguntas e respostas relacionadas ao conteúdo delimitado. A aplicação foi dividida em duas etapas: uma micro aula, perpassando pelas principais características de funções polinomiais de 2° grau, como coeficientes, raízes, concavidade e afins; e a aplicação do jogo, com a explicação das regras e realização das perguntas aos alunos. A discussão emergente desta experiência buscou refletir que o docente precisa ter um planejamento adequado para usufruir do maior potencial que um jogo didático pode oferecer numa aula de matemática. Foi possível observar que os alunos se dispuseram animados a participar do jogo, porém, sentiram dificuldade em responder algumas perguntas que lhe foram expostas. Ao fim da atividade foram coletados alguns feedbacks dos participantes, que demonstraram ter gostado muito do jogo mesmo que boa parte não gostasse da disciplina de matemática. Por fim, concluímos que o material lúdico na sala de aula, pode e deve ser utilizado pelo professor, mas considerando que os objetivos sejam bem estabelecidos para que a prática não seja “esvaziada” e também as regras do material utilizado sejam explicitadas adequadamente para os alunos, evitando situações sem muito aproveitamento para o processo de ensino-aprendizagem.