Artigo Anais do X Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÕES E A HETEROIDENTIFICAÇÃO RACIAL – POSSÍVEIS DIÁLOGOS SOBRE AUTOPERCEPÇÕES IDENTITÁRIAS

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

Este trabalho é um fruto miscigenado entre resultados de uma pesquisa em dimensão multirreferencial, de abordagem qualitativa do tipo pesquisa-ação e um aprofundamento crítico dos fenômenos que constituem as identidades. A pesquisa se dedicou ao território da heteroidentificação racial para além do controle na implementação de políticas públicas, buscando compreender seu potencial educativo e suas contribuições para o fortalecimento da educação antirracista. Construiu-se uma proposta de heteroidentificação que atua de forma educativa e se desenvolveu um método específico adotado como dispositivo metodológico e proposto como dialética interventiva na realidade que o gerou. O “Método Colhetear” foi o eixo condutor que assumiu a heteroidentificação como princípio basilar da pesquisa, desdobrando-se como ação geradora (motivo) e como instrumento (forma); ora como conhecimento (conteúdo), ora como produção/partilha (proposta interventiva). As experiências foram mediadas pela “Instalação Colhetear”, uma das dimensões do método, que se materializou como ferramenta estratégica para o diagnóstico do nível de leitura fenotípica dos participantes. Todos os conjuntos fenotípicos utilizados na instalação foram imagens criadas por Inteligência Artificial (IA). Para além do diagnóstico, o método indica adequação, aceitação ou equívoco entre as expressões fenotípicas e as autodeclaracões – aqui denominadas de expressões identitárias - dos participantes e é nessa perspectiva que se pretende aprofundar as análises críticas para melhor compreender fenômenos que possam afetar os processos de subjetivação, culminando em divergência entre a expressão identitária e a expressão fenotípica de uma mesma pessoa. Este trabalho almeja, portanto, apresentar as dimensões do Método Colhetear, compartilhar dados coletados pela pesquisa e fomentar reflexões acerca das autopercepções identitárias e suas relações com políticas de ações afirmativas, bem como com o permanente aprimoramento destas, de modo a contribuir com a manutenção do direito à educação da população negra e indígena do Brasil.

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