O presente trabalho é um relato de experiência, realizado no Instituto Federal Baiano (IF Baiano) – Campus Itapetinga, no contexto do retorno às aulas presenciais no pós-pandemia. A temática central foi o lazer, entendido aqui como a cultura, em seu sentido mais amplo vivenciada (praticada ou fruída) no tempo disponível e não circunscrito na relação entre tempo de trabalho e tempo livre, diversão e entretenimento. Assim, o relato objetivou apresentar e vivenciar diferentes atividades de cunho lúdico e cultural que permitissem aos estudantes a livre expressão, a diversão e a valorização do lazer como fonte de conhecimento, descanso e diversão, propiciando experiências significativas, plenas de representações e potencialmente capazes de suscitarem inúmeras transformações. A organização foi protagonizada pela disciplina de Educação Física, mas com a participação de diversas outras. As atividades vivenciadas foram o IForró, a Gincana Estudantil e a ida ao cinema, envolvendo estudantes do Ensino Técnico Integrado, entre 15 e 17 anos. Os trabalhos foram realizados em cinco etapas: exposição teórica e discussão acerca de possíveis proposições de vivências a serem realizadas na instituição; planejamento das atividades de lazer referentes ao IForró, a Gincana estudantil e a Ida ao cinema. As demais etapas foram a efetivação das três atividades propostas. Foi verificado que a unanimidade dos estudantes possui um conceito deturpado de lazer. Para eles o lazer se resume ao tempo na academia, o intervalo das aulas, as horas nas redes sociais, os jogos no celular, assistir à televisão, leitura de paradidáticos, entre outros. Também se observou que, mesmo antes da pandemia prevalecia o lazer dentro de casa. As vivências mostraram-se como ações capazes de ressignificar o cotidiano dos estudantes após o período pandêmico, contribuído para mitigar os efeitos do isolamento social. O aporte teórico-conceitual centrou-se em CUNHA (2020), IFBAIANO (2023), MARCELLINO (2011, 2012), MARTINS (2021) e SOUZA (2021).