O artigo foi construído com o objetivo de refletir sobre a importância do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), para o acesso dos grupos minorizados ao ensino superior. Este estudo é de cunho essencialmente bibliográfico e está fundamentado à luz de Eduardo Sousa (2019), Fernando Lang e Márcia Barbosa (2015). O Artigo em questão busca apresentar o contexto histórico do ENEM desde sua criação até sua mudança em 2009, onde deixou de ser uma prova de avaliação para se tornar um vestibular que permite adentrar no ensino superior, analisando também fatores como a desigualdade de classes sociais no processo de aprovação em universidades, assim como os obstáculos enfrentados por aqueles que tentam o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante (Fies), que são programas criados para facilitar o ingresso dos menos favorecidos. Diante disso, o ENEM contribui sobremaneira para a quebra de paradigmas sociais e serve como uma rede de distribuição de oportunidades, pois funciona como caminho para o ensino superior. Por fim, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep, 2022), é apresentado quantitativamente o crescimento dos grupos historicamente excluídos dentro das universidades: a população mais humilde saiu de 1,1% para 6%, e de menor renda saiu 1,6% para 10,1%, essa pesquisa foi feita com dados dos anos de 1995 a 2015 possibilitando a conclusão de que o ENEM influenciou no ingresso dessa população no ensino superior. Como também, serviu e serve para quebrar barreiras construídas no início da história do Brasil mesmo sendo de consciência de todos que a educação é para todos mas não é ofertada igualmente.