Este estudo está relacionado ao projeto maior desenvolvido pelo LABINVE (Laboratório de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em História da Educação e Formação de Professores), cujo objetivo principal é investigar o protagonismo educacional feminino na cidade de Belém, Pará, na primeira metade do século XX. Nesse sentido, o presente artigo investigou as contribuições da professora Amália Paumgartten no que diz respeito à docência, gestão e produção de conhecimento, mediante pesquisa de natureza qualitativa e histórico-documental, com dados do acervo da EMEIF Amália Paumgartten, localizada no bairro do Guamá, na periferia de Belém. As principais fontes históricas foram o Projeto Político Pedagógico da instituição (2023), informativos sobre a historicidade da escola e da biografia da patrona, além do estudo sobre a família Paumgartten realizado pelo Colégio Brasileiro de Genealogia (2015) e de documentos levantados pelo Laboratório Virtual da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (2016). A finalidade desse artigo é legitimar a relevância intelectual e as práticas da professora em estudo como forma de superação ao machismo estrutural e a necessidade de ampliação de pesquisas sobre a intelectualidade feminina na região amazônica, mediante o desocultamento da trajetória, atuação e publicações no âmbito educacional, reconhecendo seu papel de intelectual da educação. Portanto, essa pesquisa impulsiona a valorização do trabalho feminino por meio da apresentação de provas documentais sobre a importância de Amália Paumgartten à história da educação na Amazônia belenense no início do século XX, período inicial da República, visto que essa docente merece ser lembrada, respeitada, homenageada e divulgada, assim como os colegas de profissão do sexo oposto.