Hoje já parece um consenso nas ciências humanas que não existe método neutro e aparentemente não cabe mais que as definições de método e técnica sejam impostas de forma arbitrária. É preciso insistir em metodologias outras, como estão propondo os chamados métodos decoloniais. Porém, além dos métodos de pesquisa, a Didática também precisa mergulhar na decolonialidade, um projeto que busca formas teóricas e práticas plurais que sejam alternativas válidas frente ao projeto eurocêntrico de civilização. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo apresentar um estado da questão sobre a Didática decolonial. A construção do estado da questão, como descreve Nóbrega-Therrien e Therrien (2004), apresenta-se como imprescindível para o desenvolvimento de uma pesquisa atual e relevante do ponto de vista de sua contribuição, sobretudo porque assim o pesquisador é levado ao domínio conceptual e ao domínio da literatura sobre o assunto investigado. Com o estado da questão bem-feito, o pesquisador poderá desenvolver uma pesquisa mais relevante e atual, diminuindo o risco de repetir pesquisas. Além disso, o pesquisador é levado ao domínio conceptual e ao domínio da literatura sobre o assunto investigado. Os resultados do presente trabalho apontam que, sobretudo pela quantidade de textos encontrados, parece que a Didática decolonial ainda é um assunto incipiente em pesquisas científicas. Além disso, os textos apresentam proposições teóricas/epistemológicas, porém, há uma ausência de propostas metodológicas.