Este trabalho traz a análise da utilização da metáfora como figura de linguagem para explicar a invisibilidade da branquitude nos artigos Porta de vidro: Entrada para a branquitude, de Edith Piza e A miragem de uma branquidade Não Marcada, de Ruth Frankenberg. Ambos os textos exploram a dinâmica racial, focando na branquitude como um fenômeno muitas vezes invisível e naturalizado na sociedade contemporânea. A metáfora da porta de vidro em Piza e da miragem em Frankenberg destacam como a branquitude é frequentemente percebida como normativa e neutra, escondendo suas vantagens sociais e sua posição de privilégio. Essas metáforas ilustram como a branquitude é vista como uma estrutura que permite acesso fácil e sem obstruções aos recursos e oportunidades, enquanto simultaneamente torna-se invisível aos olhos daqueles que a possuem. A análise revela como essas figuras de linguagem são eficazes em desvelar a complexidade e a opacidade da branquitude, desafiando a ideia de neutralidade racial e evidenciando sua centralidade na manutenção das desigualdades raciais. A conclusão desse trabalho ressalta a importância de reconhecer e problematizar a branquitude como parte fundamental da análise crítica das relações raciais, destacando o papel da metáfora como uma ferramenta poderosa para explicar e questionar estruturas de poder racialmente hierárquicas.