O presente resumo expandido versa sobre a precarização do trabalho docente mediado por plataformas digitais de aulas particulares. Tendo como objetivo apontar elementos que revelam o trabalho precário dos docentes que ofertam os seus serviços nas plataformas digitais de aulas particulares. O trabalho em plataformas digitais faz parte de um longo processo de expansão da tecnologia da informação e comunicação que vem acompanhado de ataques aos direitos trabalhistas, deixando a classe trabalhadora mais susceptível ao capital. No caso das plataformas digitais de aulas particulares, que usam do disfarçado e sedutor discurso do trabalho flexível, os docentes que oferecem serviços de aulas particulares, online ou presencial, laboram sem nenhum vínculo empregatício e direitos trabalhistas. O docente é remunerado conforme a quantidade de atividades realizadas, sem jornada de trabalho definida, tendo que disponibilizar parte ou total do seu tempo à espera de um chamado de aula, ou para a execução de outras atividades. Estes chamados ocorrem por meio do aplicativo da plataforma ou mesmo pelo e-mail. Neste contexto, é quase impossível encontrar um trabalhador que não seja dependente de um aparelho celular. É fato que a precarização do trabalho docente já é intrínseca à profissão, mas, com o avanço das plataformas digitais de aulas particulares, essa situação tem avançado, intensificando o processo de precarização do trabalho docente. A metodologia é fruto de uma revisão de literatura e bibliográfica que faz parte uma pesquisa de mestrado em andamento, que aborda as discussões que envolvem o avanço das plataformas digitais de aulas particulares e as precárias condições de trabalho a que estão submetidos os docentes. Conclui-se com isso que essa nova morfologia do trabalho, que tem se ampliado no mundo digital, vem acompanhada da intensificação do trabalho e da superexploração do trabalhador, neste caso, estando também inseridos os docentes plataformizados.