Este trabalho trata-se de uma pesquisa em andamento que envolve uma abordagem acerca do impacto do machismo estrutural no diagnóstico e na vida de mulheres com TDAH nas Universidades de Petrolina – PE. A motivação dessa pesquisa veio de uma observação feita na elaboração do trabalho de conclusão de curso de Pedagogia em uma Universidade pública, onde percebeu-se a escassez de discussão envolvendo o TDAH em mulheres e suas dificuldades. Esta questão é abordada por Silva (2003) que afirma que devido estereótipos de gênero, essas mulheres passam despercebidas na infância dificultando diagnóstico, principalmente devido a maior incidência em meninas, do tipo ‘não hiperativo’ no TDAH. Considerando as dificuldades de organização, atenção e os sintomas de hiperatividade presentes nas características do TDAH e os estereótipos de gênero que são impostos às mulheres desde a época colonial, surge também mais uma questão a ser considerada de que esses estereótipos, podem impactar não só o processo do diagnóstico como também o pós diagnóstico. Desse modo buscaremos de forma geral analisar as consequências psíquicas e sociais, advindas do machismo estrutural e o seu impacto na qualidade de vida de mulheres com TDAH. Para o alcance desse objetivo buscaremos de forma específica: identificar mulheres com TDAH no semiárido do município de Petrolina-PE; identificar características\estereótipos do machismo estrutural, próprias do semiárido do município de Petrolina-PE; buscar relatos de vivencias sobre possíveis empecilhos trazidos pelo machismo estrutural na vida de mulheres antes e após o diagnóstico do TDAH; promover um diálogo acerca das dificuldades do TDAH em mulheres. Com base nos objetivos a serem alcançados essa pesquisa será descritiva onde serão realizadas entrevistas e questionário. Também será fundamentada na abordagem qualitativa uma revisão bibliográfica evidenciando pesquisas já existentes sobre o tema em questão.