Os corpos são acrescidos de marcas culturais conduzidas em estímulos para a construção dos gêneros que se moldam pelas redes de poder de uma sociedade estabelecendo padrões compostos e definidos por relações sociais. Tais relações influenciam até as escolhas profissionais, marcadas por uma cultura hegemônica, predominando a dominação masculina que reflete na linguagem. Este estudo pretende analisar o uso de linguagem sexista na página “notas à imprensa” no site do Conselho federal de enfermagem (COFEN). Salienta-se que o objetivo deste trabalho não é comentar sobre equívocos no cenário analisado, mas mostrar nos discursos a presença da dominação masculina que reforçam a discriminação social. Para tanto, realizou-se um estudo etnográfico digital, com abordagem qualitativa entre fevereiro e março de 2015. A fonte de observação foi a página “notas à imprensa” do COFEN. Como aporte teórico/metodológico utilizou-se manuais de linguagem não sexista e BOURDIER (2002). Para analise, foi realizada leitura crítica sobre o material coletado e teceu-se reflexões a luz da literatura pertinente à temática. Encontrou-se nas notas pouco material se comparado a proporção da mídia em abordagens que perpetuam representações que necessitam ser desconstruída pelas pessoas a respeito das(os) profissionais de enfermagem. Nos achados dos discursos, houve predomínio da linguagem sexista, ilustrando as marcas da dominação masculina, que foram naturalizadas ao longo dos anos e reforçam formas de discriminação na atualidade. Encontra-se a necessidade para a construção de equidade de gênero e da adequação à linguagem igualitária na escrita de textos, buscando a visibilidade dos excluídos nos discursos.