Historicamente a exclusão social/digital teve um tratamento teórico residual, dado pela teoria participacionista. Contudo, a pandemia da COVID-19, que provocou a aceleração do processo de virtualização das relações humanas, tem demonstrado a necessidade de se avançar no debate sobre a superação dos obstáculos trazidos por esse tipo de exclusão como ponto crucial para que o ativismo digital, ciberativismo, vá ao encontro ao projeto político democrático participativo. Esse artigo terá como objetivo revisitar as bases conceituais da relação entre cultura, participação e cidadania construídas a luz dessa nova gramática social, política e cultural trazida por esse projeto político. A fim de localizar o surgimento da internet bem como o substrato em que se fixa a relação entre cibercultura/cidadania; bem como a democracia, participação e ativismo digital. Com isso, advogamos que a exclusão social/digital se relaciona com a cyberpolítica para além de custos participativos e sim para uma consolidação do alijamento democrático online dos atores sociais atingidos por ela.