Objetivamos apontar outras possibilidades de instrumentos de pesquisa na Teoria da Subjetividade e discutir contribuições para a formação inicial de professores. O fenômeno investigado assume metodologicamente a Epistemologia Qualitativa da Teoria da Subjetividade; ocorreu no Clube de Ciências da Universidade Federal do Pará, onde professores formadores orientam dois grupos de licenciandos/professores estagiários de turmas do oitavo ano e ensino médio, no trabalho docente de iniciação infanto-juvenil de estudantes da educação básica. A questão da subjetividade tem sido um elemento discutido popularmente como aspecto intrapsíquico e interno na constituição do indivíduo, mas não somente reduzida a essa ideia; na perspectiva histórico-cultural, a Teoria da Subjetividade contribui para uma nova qualidade ontológica das produções tipicamente humanas, que considera a capacidade das emoções adquirirem um caráter simbólico, recursivamente. O Clube de Ciências da UFPA é um espaço sociorrelacional que valoriza o indivíduo como produtor de conhecimento e de suas produções subjetivas, à medida que vivencia práticas antecipadas ao exercício da profissão. Nesse contexto, na experiência de professores formadores que dispunha de recursos qualitativamente implicados à produção subjetiva no processo de formação do licenciando ao exercício da profissão docente, apontamos outras possibilidades de instrumentos na pesquisa sobre a teoria da subjetividade, diferente do que a própria teoria assume. Utilizamos: diário de aula, momento de socialização de conhecimento entre o grupo de professores em formação, e nuvens de palavras. Contribuindo para a produção de sentidos subjetivos de licenciandos sobre o próprio processo formativo, incentivamos sua emergência como sujeito que cria vias de inteligibilidade e que rompe com a normatividade de formação que apenas dita o que professores necessitam desenvolver, pouco considerando como indivíduos que se engajam emocionalmente no próprio processo formativo. Esses instrumentos para a emergência do outro, contribuem nas investigações que articulam a subjetividade de professores nos seus mais variados aspectos tipicamente humanos.