O ensino de artes no Brasil, enquanto conhecimento assumido nos currículos oficiais, saiu de uma visão simplista de arte enquanto entretenimento, até ganhar espaço dentro dos currículos formais das escolas através dos documentos normativos. Desta forma, o presente artigo tem como objetivo analisar o currículo de artes no Brasil trilhando um percurso histórico-documental, considerando avanços e desafios. Sendo assim, a análise deste artigo permeia documentos de referência da legislação vigente para a composição de um currículo de artes nas escolas, enfatizando avanços e peculiaridades da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de artes (PCNs), bem como as devidas críticas ao documento normativo obrigatório que norteia o currículo de artes no Brasil atualmente, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O método utilizado para esse trabalho foi o da pesquisa qualitativa e pesquisa documental, analisando os documentos oficiais supracitados. Com esta pesquisa, observou-se que o ensino de artes de fato, passou de um mero acessório da cultura ou enfeite pedagógico, até chegar a um saber curricular que oscila entre a obrigatoriedade ou não nas escolas. Conclui-se que a arte ainda possui um árduo caminho a trilhar enquanto área do conhecimento nas escolas, para uma valorização digna de sua importância curricular, bem como da valorização do profissional da área e que em alguns momentos tivemos retrocessos, mas as lutas, os debates e os estudos levam aos avanços a partir das demandas vindas da prática escolar.