No Brasil, um dos primeiros autores a falar sobre o protagonismo e autonomia estudantil foi Paulo Freire. Em razão disso, o presente trabalho objetiva reunir informações quanto à aplicação de metodologias ativas em diferentes níveis de ensino, com um olhar a partir de 1996, ano da publicação do livro Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire. O presente estudo teve como base a pesquisa bibliográfica de cunho exploratório. Sistematizamos pesquisas publicadas em artigos, dissertações ou teses no período de janeiro de 1996 a abril de 2022. Como parâmetros de inclusão, selecionamos publicações brasileiras, que contemplam diretamente a aplicação de alguma metodologia ativa, independentemente do nível de ensino para o qual foi proposto (infantil, fundamental – anos iniciais ou finais – médio ou graduação). A palavra-chave selecionada foi “metodologia ativa” escrita entre aspas para melhorar o refino das buscas. As buscas ocorreram nos sites scielo.br (https://www.scielo.br/) e Catálogo de teses e dissertações da Capes. Dentro dos parâmetros, a pesquisa analisou um universo de 18 artigos e 198 dissertações/teses sem repetições entre eles. Embora a publicação tenha sido um marco na educação, vemos demonstrar em números que a situação do ensino no Brasil demorou para mudar. A partir do ano de 2014, houve a aplicação das estratégias de metodologias ativas diretamente no “ensinar”, contudo, ainda muito dentro das universidades, com várias pesquisas desenvolvidas com graduandos. A partir de 2017, iniciaram as defesas de dissertações e teses, oriundas de Pós-graduações, que exigiam que o pós-graduando aplicasse no ensino fundamental ou médio as metodologias ativas. Ao final da pesquisa, percebemos que as metodologias ativas só serão eficazmente difundidas, em todos os níveis de ensino quando estas forem discutidas, ensinadas, treinadas durante os cursos de formação de professores e nas licenciaturas.