Este texto faz parte da pesquisa de doutoramento que desenvolvi no Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia. Neste texto apresenta-se decisões políticas no âmbito nacional e do estado da Bahia, no período de 1980 a 1991 que repercutiram nas reivindicações pela estadualização da Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (FESPI), que exigiu a mobilização da comunidade acadêmica, o apoio de personalidades políticas e grupos regionais, tornando-se um movimento até então inédito na região, resultando na criação da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), no Sul da Bahia. Considera-se um período de avanços e retrocessos nas negociações com o governo do estado, que mudava de posicionamentos a depender da oposição ou alinhamento entre governantes do estado e do governo federal. Neste contexto, esses retrocessos aprofundaram a crise e retardaram a criação da universidade, posto que compete ao Estado criar as condições políticas para atender as reivindicações há muito apresentadas por estudantes com apoio de professores, servidores técnicos e sociedade civil, sem os quais poderia prevalecer o argumento da falta de recursos para a criação de uma universidade estadual no Sul da Bahia.