Com o objetivo de reconhecer a influência africana no Brasil, a qual permeia o nosso cotidiano através de costumes, da fala, dos festejos, dentre outros aspectos históricos e culturais, vislumbrou-se a possibilidade de desenvolver uma proposta pedagógica voltada ao Ensino Fundamental II, a partir da Lei 10.639/03, no Colégio Municipal Luís Galdino Sales, situado no município de Mulungu/PB. Na oportunidade, os discentes, sob a orientação da docente responsável, realizaram pesquisas sobre a cultura africana; descobrindo, assim, o rico legado deixado desde o período colonial. A capoeira, as artes em cerâmica, as narrativas, as expressões religiosas e artísticas foram evocadas como formas de resistência e de autoafirmação identitária. De modo que situações contemporâneas, nas quais se registra o racismo, foram contrapostas, com o intuito de incentivar a valorização, e discutidas, a fim de elucidar que a linguagem é um dos primeiros vieses da opressão. Por isso, precisa ser moldada, com o fito de evitar o preconceito e a inferiorização alheia. Para tanto, pautamo-nos nas considerações de Freinet (1969); Leite (1976); Said (1990); Santos (2001); Theodoro e Jaccoud (2005). Vale salientar que os resultados obtidos foram satisfatórios à medida que demonstraram o interesse e a empatia dos alunos, diante dos casos discutidos, pois a desconstrução de estereótipos perpassa o âmbito da linguagem, uma vez que exige, além de conscientização, ações individuais e coletivas.