O processo de colonização brasileira acabou por influenciar a formação de uma estrutura social, política, cultural e econômica que preza pelo eurocentrismo e que tem a influência dos elementos raciais como padrão de hierarquização social. Esse padrão acabou por se disseminar, também, na educação do país, com currículos que se iniciaram com a proposta de reproduzir o incentivo à cultura dos brancos e colonizadores. Como modo de reagir a esse passado histórico segregador, surgem as teorias decoloniais, que tem a função de libertar os povos oprimidos e mostrar-lhes a força cultural, ideológica e política que possuem. Nessa fenda, o objetivo do presente estudo está em analisar os efeitos trazidos pela educação decolonial como instrumento de emancipação e combate ao racismo estrutural no Brasil. Para tanto, busca-se uma metodologia de cunho qualitativo, manifestada pela pesquisa teórico-bibliográfica, com autores como Jessé Souza, Walter Mignolo, Paulo Freire e Achille Mbembe, a fim de discutir acerca do racismo, da dominação e das formas de emancipação social e por meio da educação. Os resultados da pesquisa apontam que apesar das evoluções vivenciadas no que tange ao combate ao racismo, na contemporaneidade, ainda é preciso pensar em políticas públicas multifocais que tenham como enfoque a decolonialidade e meios para combater o projeto racista estrutural das elites dominantes.