O presente trabalho visa discutir as representações da virilidade do migrante nordestino no cinema brasileiro da década de 1980, a partir das seguintes películas: O homem que virou suco (1980), As aventuras de um paraíba (1982) e O baiano fantasma (1984). Acreditamos que os filmes tem um grande potencial de sensibilizar o público, bem como difundir um campo imagético que rotula os nordestinos como brutos e selvagens, imaginário este que permeia sua sexualidade. Analisar estas representações a partir do migrante é fundamental para percebermos as relações de alteridade, ou seja, como a imagem do nordestino entra em choque com o ideal civilizatório do Sudeste brasileiro, o que contribui para a formação de estereótipos e preconceitos.