Apesar de todos os esforços e lutas a favor da inclusão, igualdade de direitos no âmbito social no que concerne à categoria de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT), a sociedade ainda trata este problema de cunho tipicamente ideológico com desprezo, indiferença e até mesmo com preconceito e discriminação. Desde cedo a criança é influenciada e movida pelos pensamentos e preceitos dos pais. Essa 'herança moral' traz consigo aspectos da conduta sexual, ou seja, da transferência de valores repassadas de geração em geração quanto ao seu posicionamento sobre relações sexuais. Na fase de desenvolvimento cognitivo e de erotização, o jovem busca em outros meios a sua política de autoafirmação de gênero. Esses meios que influenciam aquele indivíduo a não adequar-se ao padrão de gênero imposto são muitos: recursos midiáticos, o ciclo de amizades, o ambiente externo ou a comunidade em que este se vê inserido, etc. A ideia de seguir e se definir também enquanto gênero é algo bastante delicado, pois envolve não só a sexualidade, mas a questão da identidade do sujeito. Este trabalho vem com o viés de discutir as formas de interatividade dos jovens no próprio seio familiar, pois sabe-se que é nesse estágio de convivência com os pais ou outros membros da família que o ser humano consolida sua personalidade e sua visão ética acerca do mundo exterior. Não obstante, é preciso introduzir sobre a problemática quais tipos de repressões ideológicas e coercitivas que os pais internalizam sobre seus filhos e como estes últimos reagem, lembrando que essas repressões podem ser repassadas voluntariamente ou não. A metodologia empregada consiste no emprego de um levantamento bibliográfico e de fontes documentais para o embasamento da pesquisa de natureza teórica.