No espaço escolar, existem diversos fatores a serem abordados como, por exemplo, as disciplinas do currículo ofertadas, os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs e a estrutura da instituição, porém, não pode-se esquecer questões que, para além do grupal, referem-se ao âmbito individual do sujeito, como por exemplo a sexualidade, que participa de toda a constituição deste. Nota-se que a sexualidade está imersa no campo das crenças, cultura, valores e comportamento, portanto esta não pode ser separada da escola uma vez que age diretamente na vida dos sujeitos, através dos discursos que são produzidos, da influência do outro e da própria instituição. Entretanto, são encontradas inúmeras dificuldades no contexto escolar quando pensa-se em discutir sobre a sexualidade, pois trata-se de um tema que, além de envolver tabus e preconceitos, envolve dúvidas por parte dos próprios professores que, por vezes, não tiveram a formação adequada que os instrumentalizassem para abordar essa problemática no contexto escolar. Nesse sentido, o presente trabalho objetiva questionar como o professor pode orientar seus alunos acerca de um tema sem ter tido a devida preparação para fazê-lo. Sublinha-se assim, a figura do psicólogo educacional como mais um agente facilitador desse processo, contribuindo com a problematização do tema, a partir de uma perspectiva acolhedora, de respeito e valorização da diversidade sexual.