Este estudo se propõe a resgatar a história de uma experiência feminista em Salvador da década de 1980. Assim, tomando-se a trajetória de vida de algumas mulheres negras que fizeram parte do Grupo de Capoeira Angola Pelourinho, procura-se, sob uma perspectiva feminista, verificar de que maneira a tradição e os fundamentos da Capoeira Angola da linha pastiniana, prática cultural de matriz africana, proporcionaram a consciência de gênero em um espaço social historicamente marcado pela presença masculina. Investiga-se, pois, a construção de identidade e o empoderamento das mulheres capoeiristas angoleiras como práxis de um feminismo negro partindo-se do referencial teórico foucaultiniano do biopoder para pensar a história. Como fontes apoia-se, este estudo, na história oral, em registros encontrados na internet e na metodologia participante.