A implantação do ensino integral nas escolas de ensino médio tem contribuído para a construção de diferentes pontos de vista acerca desta nova realidade. Nesse contexto, houve um aumento na carga horária, e os alunos tiveram que passar mais tempo nas instituições de ensino. Mesmo com um aparato de recursos que possam melhorar a aprendizagem, muitos estudantes ainda não conseguiram se adaptar a passar dois turnos na escola. Nessa perspectiva, situamos a Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Senador Fernandes Távora, no município de Ereré-CE, composta por 250 estudantes e, no ano de 2023, passou a ser integral nas duas 1ª séries (com um total de 76 alunos). Com a nova realidade, surge o seguinte questionamento: que imagens os alunos constroem de si a partir da vivência no ensino integral? Para elucidar esta questão, temos como objetivo analisar os ethe que alunos revelam com base experiência no ensino integral. Para o processo de análise, elaboramos a seguinte pergunta via Google Forms: como você se sente, enquanto estudante, vivenciando o ensino integral? Aplicamos o questionamento para os alunos que estão cursando a 1ª série do ensino médio na referida escola e selecionamos 10 respostas para a construção deste trabalho, considerando, principalmente, a pequena dimensão deste. Como subsídio teórico, estamos pautados principalmente nos trabalhos de Maingueneau (2020, 2015) voltado para discussão de ethos; Avelino (2019), Silva e Boutin (2018) que discutem sobre o ensino integral. A partir das análises, notamos que os estudantes revelaram ethe diversos conforme a sensação de vivenciar uma nova realidade de ensino, tais como: crítico, cansado, sobrecarregado e reflexivo sobre a saúde mental, valorizador do ensino integral, indisposto nas aulas e avaliador do tempo que fica na escola.