Estudos apontam que a temática de saúde no Ensino Médio é limitada à ações pontuais de higiene pessoal e prevenção de doenças, com deficiências em abordagens práticas ou transversais. Muito negligenciada no Ensino Médio, a saúde deve ser abordada de forma leve, interativa, informativa e prática. É desafiador a garantia de uma aprendizagem significativa que promova hábitos saudáveis na educação básica. O Novo Ensino Médio (NEM) contempla, entre outras reestruturações, a flexibilização do currículo a partir dos Itinerários Formativos, atuando como especialização profissional na formação básica. Portanto, temos como objetivo avaliar a educação em saúde ofertada pelo Itinerário Formativo - Saúde e suas Tecnologias (IF-SesT) em turmas inseridas no NEM. Este trabalho constitui uma pesquisa quali-quantitativa, realizada a partir de um questionário de opinião contendo 16 perguntas, aplicado em maio de 2023 nas turmas da 1ª (38 alunos) e 2ª (36 alunos) série no IF-SesT de uma escola da rede privada na cidade de João Pessoa - Paraíba. Como resultado, a avaliação totalizou 89,2% dos estudantes matriculados nas turmas. Destes, 88% consideraram o IF-SesT como “excelente (35%), muito bom (33%) ou bom (20%)”. As principais avaliações positivas foram: aulas teóricas “muito bom/bom - 33% cada”; aulas práticas “excelente - 45%”; domínio dos professores “excelente - 53%”; debates “muito bom - 44%”; andamento das aulas “no ritmo certo - 85%”; aprofundamento dos conteúdos “suficiente - 91%”; temas abordados “relevantes - 89%”. Diferentemente do que alguns estudos apontam, o NEM não impacta negativamente a educação em saúde, uma vez que a proposta dos Itinerários Formativos promoveu a educação em saúde na escola-alvo. Conclui-se que o IF-SesT proporcionou uma educação em saúde significativa e marcante para muitos alunos, além de evidenciar que os Itinerários Formativos propostos pelo NEM são eficazes para educar sobre saúde de forma interativa, prática e significativa.