A contação de história tem uma grande importância na formação de sujeitos leitores, pois a prática da oralidade atravessa as gerações e tocam sutilmente temáticas de tamanha relevância, tanto dos tempos antigos como contemporâneos. A partir desse pensamento tratamos nesta pesquisa sobre a importância da prática da narrativa de fatos, casos e contos que nos inserem no campo da formação leitora, buscando compreender como podemos obter uma primeira leitura do mundo e posteriormente da literatura que nos aproxima de nossas subjetividades. Para isso, o aporte teórico deste estudo está fundamentado em: Cosson (2006-2014) que aborda a importância da prática leitora no espaço escolar para o letramento literário, que dialoga com Yunes(2012) no que tange à formação leitora por meio da literatura, e com essa aproximação das narrativas escritas se fomenta a performance da qual Abramovich (2006) nos reafirma que o uso da leitura desencadeia a ludicidade e criatividade na imaginação. Barthes (1977), por sua vez, faz um elo sobre a escrita e a literatura como parceiras na informação e propagação de conhecimento pelas gerações, dentre outros autores que abordam o comprometimento com o ato de narrar no letramento literário. O objetivo geral desta pesquisa é compreender a importância do evento de letramento na contação de histórias no processo de formação do eu leitor nos espaços diversos, e para tanto a pesquisa segue o cunho de natureza bibliográfica no viés qualitativo. Como considerações finais, tivemos a compreensão expandida do quanto se faz importante à formação de novos leitores e contadores para que a oralidade permaneça. Desse modo, o letramento literário forma e impulsiona aos sujeitos a desenvolverem uma prática leitora engajada que pode reverberar na performance de narrativas orais no compromisso de tocar sutilmente as subjetividades dos ouvintes e gerar novos leitores e também contadores de histórias.