Este trabalho consiste em um relato da história sobre o ingresso e permanência de uma pessoa com Síndrome de Down no Curso de Licenciatura em Pedagogia na Universidade Estadual do Ceará. xO objetivo do trabalho é partilhar um relato de vida da estudante universitária com Síndrome de Down diante do contexto da educação especial e inclusiva na educação básica como fundamental para o ingresso e permanência na universidade pública, a importância da família no percurso formativo e a valorização dos diversos saberes no ensino superior. O relato terá constante diálogo entre a protagonista e autora principal do trabalho, uma amiga e do mesmo curso, a irmã e uma professora da universidade, a respeito da luta por uma educação equitativa e justa. Diante disso, o destaque da fala será a partir do trecho da música Pra não dizer quem não falei das Flores que diz “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, a qual foi parte de um trabalho de um disciplina curricular, na qual escolhi e cantei a música porque gosto de decidir sobre minha participação nas atividades e assim, minha voz pode ser verdadeiramente escutada. Eu gosto de estar no curso de Pedagogia, ter sido pibidiana, estagiar na educação infantil e participar de tantas atividades, porque sei que sou capaz. Sou muito participativa, e assim vou (re)construindo caminhos e seguindo com o meu protagonismo, mas também com o apoio que é necessário das minhas amigas, vou conseguir ser uma boa pedagoga. E por fim, falamos sobre esperançar para todos os estudantes egressos de escolas públicas, que desejam o ingresso e permanência na universidade pública, mas falamos sobretudo do esperançar em um grupo de estudantes que precisa empoderar-se e fazer sua voz chegar aos vários espaços sociais, ocupando o seu espaço, de sonhos e projetos, e de direito.