A adolescência é uma fase da vida que tem sido amplamente reconhecida como uma construção social, influenciada por diversos fatores e variáveis. Uma variável importante na construção social da adolescência é a influência da interação dos círculos sociais e da cultura juvenil. Durante esse período, os adolescentes tendem a buscar identidade e pertencimento, muitas vezes encontrando apoio e referência nos seus pares no ambiente escolar. A Psicologia Social Comunitária é uma abordagem que visa promover a transformação social, a conscientização e a autonomia das pessoas, tornando-as protagonistas de suas próprias histórias. Essa perspectiva se baseia em valores comunitários e libertadores, buscando o fortalecimento das comunidades. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar a experiência da realização de uma Intervenção em Psicologia Comunitária para uma turma de 9º ano em uma escola pública integral de Campina Grande, na Paraíba. A intervenção foi realizada no dia 26/05/2023, das quais 18 alunos foram participantes. Os adolescentes, no primeiro contato, apresentaram demandas relacionadas à união, bullying, afeto, cooperação, fazendo com que fossem escolhidas intervenções que trabalhassem essas necessidades do grupo. Dessa forma, foi sugerida uma experiência na qual os estudantes foram convidados a ilustrar qual foi o momento mais positivo e o mais negativo que vivenciaram na escola. Para esse fim, utilizou-se a abordagem da Arteterapia. Por meio desse exercício imaginativo e expressivo, foi possível oferecer ao grupo um ambiente propício para refletir sobre as relações de amizade e a finalidade da vida escolar. Como resultado, concluiu-se que a atividade de desenhar sobre esses aspectos do ambiente escolar estimulou a reflexão dos participantes sobre amizades, bullying, eventos escolares e ansiedade. Além disso, a experiência suscitou discussões entre os aplicadores acerca da disparidade entre as perspectivas que os adolescentes estudantes da rede pública podem ter.