Na socioeducação existem diversos desafios, dentre eles como trabalhar a inclusão e expressividade dos jovens que estão cumprindo medida socioeducativa. Destaca-se a necessidade de promover práticas e aprendizados. Dessa maneira, com o objetivo de desenvolver a expressividade dos alunos através do grafite, especialmente mostrar a arte como instrumento no processo de ressocialização dos socioeducandos. Trata-se de um relato de experiência das atividades desenvolvidas junto aos alunos da escola Antônio Carlos Gomes da Costa, vinculada a FASEPA (Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará), por meio de uma oficina de grafite, organizada pelos professores da unidade e bolsistas PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) da Universidade Federal do Pará. A atividade foi ministrada por dois artistas locais que ensinaram sobre a história do grafite e técnicas de pintura, auxiliando os alunos a criarem sua identidade visual. Tal oficina de grafite foi elaborada como uma metodologia alternativa de ensino, com o objetivo de os jovens expressarem sua visão de mundo, criar um ambiente de melhor sociabilidade entre os jovens e os professores, valorizar e incentivar a criatividade, possível inserção dos jovens no mercado de trabalho do grafite, mostrando a arte como forma de ressocialização. Dessa experiência resultou a criação de artes autorais, decoração da sala de aula, criando um ambiente com a identidade dos alunos, elaboração do painel do festival de música da escola. E, em decorrência dela, os alunos criaram um laço de afetividade e admiração com os artistas locais que mostraram a possibilidade de viver da arte. Dessa forma a arte do grafite mostrou aos alunos uma forma de inclusão e possibilidade de ressocialização, destacando a importância dos jovens se expressarem e mostrarem sua visão de mundo, não descartando suas vivências.