Este trabalho surge a partir da experiência vivenciada em uma escola municipal do Agreste pernambucano, configurando um marco histórico de inserção da profissional de Psicologia no contexto educativo público e municipal na região. O objetivo deste relato é gerar reflexões acerca das possibilidades de intervenção com base nas construções teóricas da Fenomenologia, considerando os modos de habitar o espaço educativo enquanto território existencial e afetivo nas relações entre psicóloga-estudantes, psicóloga-professoras (es) e psicóloga-instituição, bem como as suas dimensões de sentido. O espaço escolar se constitui como reflexo das complexidades da cultura e da sociedade, sendo importante refletir acerca da relevância das contribuições da Psicologia para a atuação na educação básica. Habitar esses espaços de diversas relações sem roteiros ou caminhos pré-definidos possibilita um contato no modo de experienciar os desafios frente ao movimento de acolher aquilo que chega como afetação e implicação. Este estudo tem como metodologia o relato de experiência e, para sua construção, foi necessária a articulação entre teoria e prática, via revisão de literatura. Repensar os saberes e reconfigurar o lugar do não-saber enquanto disponibilidade afetiva possibilita a realização conjunta de intervenções que considerem o entrelaçamento dos significados atribuídos a cada ser frente ao seu projeto de construção humana marcada pelas relações culturais e contemporâneas, potencializando o leque de ações do profissional de psicologia em seu fazer ético e tecendo um lançar-se nas possibilidades de encontro. Tais desafios são enfrentados no cotidiano escolar e na construção e efetivação de Políticas Públicas, demonstrando a necessidade de aprofundamento e estudo.