Entende-se por Educação do Campo uma manifestação social formada por aspectos culturais, políticos e econômicos. É um espaço de particularidades e matrizes culturais, repleto de possibilidades políticas, formação crítica, resistência, identidades e histórias. Nesse sentido, os processos educacionais do campo precisam ser significativos conforme as especificidades dos sujeitos que o integram. Paulo Freire, Patrono da Educação Brasileira, destacava a educação como um ato político: "Professores e alunos devem estar cientes das 'políticas' que cercam a educação. A forma como os alunos são ensinados e o que lhes é ensinado serve a uma agenda política". Tal pensamento serve como base para o diálogo e desenvolvimento do atual artigo. Já as Políticas Públicas expressam a ação do Estado, mediando os interesses e as reivindicações da sociedade, devendo tais políticas terem como objetivo maior atender aos setores sociais mais fragilizados e vulneráveis. O presente trabalho apresenta uma reflexão, através de levantamento bibliográfico, a respeito das atuais políticas públicas voltadas para a modalidade da Educação do Campo, dialogando com o pensamento freiriano. Em relação à metodologia, trata-se de uma pesquisa teórica, finalizando com a importância da teoria de Freire para a educação como prática emancipatória e os novos desafios das escolas campesinas no que tange à emancipação dos sujeitos e fortalecimento da cultura dos povos do campo.