Muitas são as questões que permeiam a realidade das salas de aulas e, junto destas, inúmeras são as buscas por respostas. De todo modo, acreditamos ser possível a compreensão e problematização de algumas delas à luz de teorias consolidadas ao longo dos anos. Nesse sentido, a partir de uma breve revisão de literatura, a presente pesquisa delimitou como objetivo: analisar a relação do afeto e o processo de ensino-aprendizagem na sala de aula. Assumindo uma abordagem qualitativa, as reflexões aqui desenvolvidas constroem através das contribuições de alguns pensadores, como: Henri Wallon (1975), Paulo Freire (1996), Jean Piaget (1976), Moacir Gadotti (1999), dentre outros. Os autores em que nos deleitamos, suscitaram o entendimento e a assimilação da necessidade da afetividade entre professor-aluno em sala de aula, tendo em vista que o afeto é parte primordial para as relações humanas e, assim, não sendo diferente na prática docente e no desenvolvimento intelectual do aluno. Portanto, entendemos que as relações afetivas exigem cuidados e não podem ser desconsideradas ou percebidas com relevância ínfima, mas alimentadas por aproximação respeitosa entre professor-aluno e aluno-professor, na busca por um ensino-aprendizagem mais humanizado e que considere que esses corpos possuem sentimentos e não podemos pensar neles de forma apartada.