O presente trabalho pretende propor um debate sobre as consequências da intensa precarização do trabalho docente nas escolas do campo ocorridos nas últimas décadas motivadas pelo processo de precarização da atividade laboral docente. Historicamente, no Brasil, o Movimento Social dos Trabalhadores Sem Terra (MST), mais especificamente, há décadas luta de forma política pela transformação da estrutura social brasileira, pautada no capitalismo. Este sistema que se apropria de diversas demandas visa, por aqueles que detém o controle do capital, entre outros princípios, controlar ao máximo os bens e o consumo, seja ele político, econômico, social e, neste caso, trabalhista-educacional, enquanto, vem estabelecendo, nas últimas três décadas, uma escalada significativa no intuito de precarizar os sistemas educacionais, a partir do sucateamento de unidades e arrochos salariais afetando a prática docente. Diante deste contexto, a proposta, de cunho bibliográfico, busca o diálogo entre autores que abordem as temáticas: Educação do Campo, Movimentos Sociais e Precarização Docente. Pretendendo, assim, estabelecer uma reflexão sobre a atuação da Educação do Campo, em associação aos movimentos de luta que representam a classe trabalhadora, como o MST, na resistência, à precarização do trabalho docente no Brasil frente à lógica educacional capitalista, marcada pela influência dos interesses de grandes corporações que intervém, em conjunto aos interesses políticos, de forma opressiva nas últimas décadas.