O objetivo do trabalho é analisar e realizar reflexões sobre o tecnicismo/tarefismo nos cursos de formação profissional em Educação Física. Como pano de fundo abordamos a história da influência militar e higienista na área e um olhar crítico acerca do influxo de ex-atletas, manuais práticos de recreação, exercícios físicos e de jogos pré-desportivos. Destacam-se também as maiores contradições e equívocos cometidos dentro da temática. O método utilizado foi o dedutivo, com pesquisa bibliográfica em livros de sociologia, antropologia, história, esportes, lazer e política. Conclui-se que dentre os mais acentuados desacertos estão a prática desprovida da reflexão, o fazer por fazer sem a presença de uma visão reflexiva. Acrescenta-se o fato do tecnicismo e tarefismo se apresentarem como um grande problema a ser enfrentado não só pela graduação dos cursos de Educação Física das universidades públicas e particulares que ofertam as disciplinas de lazer e esporte escolar, mas também isso acaba se estendendo a alguns programas de pós-graduação, o que tende a complicar ainda mais a situação, pois esse é o local onde justamente deveria haver uma maior aproximação e diálogo entre as duas vertentes da Educação Física, seja o da performance/ biodinâmica ou da cultura corporal de movimento e sociologia do esporte.