O atendimento escolar e especializado dos alunos com deficiência começou a tomar forma com a declaração de Salamanca (1994) e, no Brasil, foi impulsionado com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (1996), o Plano Nacional de Educação (2001) e a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). No entanto, a legislação foi estabelecida, os critérios foram criados, mas o que se percebe é um descaso na sua implementação. O presente artigo articula-se a partir da problemática: em que medida a educação inclusiva está sendo efetivada na rede escolar pública, especificamente na implementação do Atendimento Educacional Especializado – AEE nos municípios paraibanos? Definiu-se, então, como objetivo analisar em que medida a educação inclusiva está sendo efetivada na rede escolar pública, especificamente na implementação do Atendimento Educacional Especializado – AEE nos municípios paraibanos. O artigo reflete sobre as qualificações exigidas pelos municípios paraibanos, ao realizar concursos públicos para as vagas de professor de AEE, considerando que, nas formações iniciais de professores nas licenciaturas pouco se aborda o atendimento de alunos com deficiência intelectual, visual, transtornos globais de desenvolvimento, entre outros. Entende-se que é necessário o diálogo sobre tais questões, uma vez que são temáticas importantes para a efetiva inclusão nas salas regulares e na sociedade, pois o atendimento adequado no AEE garante ao aluno os recursos pedagógicos e a acessibilidade para atender necessidades específicas, além de garantir o diálogo com os professores das salas regulares, sugerindo adaptações e mostrando que é possível o trabalho coletivo e inclusivo. Como percurso metodológico, recorre-se ao levantamento bibliográfico, à análise de editais de concursos públicos dos municípios paraibanos (2020-2023), além da aplicação de um questionário para professores do AEE. Para a análise dos dados, utiliza-se a Análise de Conteúdo.