A inclusão de Pessoas com Deficiência (PcD) na história educacional mundial e brasileira é marcada por uma série de preconceitos e misticismos. Foi somente a partir do século 18 que mudanças significativas surgiram, uma delas por meio da criação da primeira instituição especializada em surdo-mudo, expressão utilizada na época, que influenciou a fundação de diversas outras instituições. Nesse contexto, a fim de reparar o déficit de inclusão na história educacional de PcD, os Objetos de Aprendizagem (OA) surgem como ferramenta de apoio no processo ensino-aprendizagem por apresentar características que se adequam a diferentes contextos e ambientes, além de fornecer interação entre o indivíduo e o material utilizado por meio de materiais do cotidiano e aparelhos tecnológicos. Com base nisso, o presente trabalho se propôs a discutir sobre o histórico da Educação Especial no mundo e no Brasil, além da forma como os OA podem ser utilizados como ferramenta de inclusão no ensino por meio de revisão narrativa de literatura a fim de contribuir para o fomento de discussões a respeito do tema. Por meio dessa revisão bibliográfica, observou-se que no Brasil, é somente a partir da década de 1850 que criações como a do “Instituto dos Meninos Cegos” (hoje chamado “Instituto Benjamin Constant”) passaram a existir e dar espaço para novas fundações e movimentos em prol de melhorias e avanços na Educação Especial. Além disso, esse estudo evidenciou que a segregação de pessoas baseadas nos seus “status mental” perdurou por um longo período da história educacional mundial, como também no Brasil, até a conquista da Constituição Cidadã de 1988 que busca garantir a oferta de educação na rede regular de ensino para este grupo marginalizado, além de ser marco histórico na busca por igualdade de escolarização e inclusão. Além disso, a utilização dos OA mostrou-se eficaz no ensino em diferentes contextos e escolas inclusivas do Brasil.