O presente artigo intitulado Entre o culto, exibição e o fetiche: O cinema enquanto arte na era da indústria cultural, tem como principal objetivo investigar como o cinema se transfigura enquanto arte na era comandada pela reprodução em série em que o fetiche do consumo muitas vezes supera o ideal estético e faz com que a arte perca a sua autonomia e liberdade. Como obras principais serão utilizados O Capital (Tomo I e II), Manuscritos econômico – filosóficos de Marx, A obra de arte na era da sua reprobutibilidade técnica e o conceito de crítica da arte no romantismo alemão que são obra idealizadas por Benjamin, Dialética do esclarecimento escrita por Adorno e Horkheimer. Além da análise bibliográfica das obras citadas anteriormente serão utilizados os filmes Madadayo e a Balada de Narayama ambos idealizados pelo cineasta japonês Akira Kurosawa e o filme Ponto de Mutação dirigido e idealizado por Bernt Amadeus Capra baseado no livro homônimo de Fritjof Capra. No artigo, serão abordados principalmente os papéis da estética enquanto teoria e técnica e para o devido entendimento do tema abordado, pois para entender as dimensões estéticas de composição dos objetos artísticos dentro do mundo da reprodução em série e da necessidade de consumo desses produtos sem levar em conta a sua dimensão artística a arte acaba perdendo tanto o seu papel educador como crítico da realidade apresentada às massas. Outra temática a ser trabalhada é a dimensão estética em que a arte acaba perdendo a capacidade emancipatória em detrimento à técnica. Os filmes então serão a fundamentação prática da teoria e extremamente necessários para entender como a arte torna-se entretenimento e meros bens de consumo no mundo administrado pela indústria cultural.