O Ensino de História enfrenta vários desafios no cotidiano escolar dentre eles o antigo preconceito que a História seria uma matéria que estuda apenas o passado, tem que decorar muitas datas e nomes de personalidades importantes, por isso, cabe ao docente escolher a melhor abordagem para trabalhar a disciplina, de forma a desmistificar esses estigmas. A fim de despertar curiosidade e engajamento do corpo discente, irei trabalhar o Egito Antigo através da perspectiva afrocentrada e que visa abordar múltiplas temáticas pelo viés da africanidade positiva. Em muitos casos o Egito Antigo foi apresentado apenas como uma “dádiva do Nilo” ou representado de maneira embranquecida nas produções audiovisuais, o que faz com que vários estereótipos sejam criados e mantidos sobre as civilizações que habitaram essa região durante a Antiguidade. A História é mais do que um componente curricular, é uma disciplina que tem como princípio estimular e auxiliar os discentes a desenvolverem a criticidade; pensar de maneira a buscar o bem estar comum; respeitar e valorizar as diferenças e por vezes reconceituar eventos. Deste modo, ao trabalharmos o Egito Antigo podemos perpassar vários conceitos históricos como: o conceito de patrimônio, de politeísmo (e o contraste com o monoteísmo), de mito, de relações de poder, de escravidão e outros mais. No decorrer desta pesquisa busco auxiliar a/o profissional de História a encontrar possibilidades para aproximar as/os discentes dos assuntos da disciplina e trabalhar a antiguidade egípcia de maneira dinâmica e fluída.