Esse artigo cumpre o objetivo central de pensar os abalos socioemocionais, bem como seus impactos nas relações interpessoais dos alunos nas escolas públicas, a partir das experiências vivenciadas pela equipe gestora, pedagógica, docente e administrativa da Escola Municipal Professor Anísio Teixeira, localizada na cidade de Uberaba, Minas Gerais, para, a partir dessas questões, colocar em prática ações pontuais que amenizassem os índices automutilação, choros, brigas e falas sobre suicídio entre os alunos e alunas. Dessa forma, as observações e análises de dados realizados nos meses de fevereiro e março do ano letivo de 2022 resultaram em projeto de intervenção aplicado de abril e julho do corrente ano, como desafio de pensar a escola como local de embates e de possibilidades de transformações profundas e complexas, dadas à várias mãos. Como metodologia de pesquisa, esse estudo caracteriza-se como sendo um estudo de caso, de cunho qualitativo, com objetivos exploratórios, com método de abordagem hipotético-dedutivo. Parte-se da observação direta extensiva acrescida de leituras e análises documentais e diálogos com diferentes segmentos da comunidade escolar. Acredita-se que esses estudos, diálogos, reflexões e ações oportunizaram compreensões acerca das relações interpessoais, dos conceitos sobre empatia e suas amplitudes, repensando as práticas desenvolvidas por todos os segmentos da comunidade escolar, decorrentes de ideais oriundos das formações, das concepções sobre a gestão e educação e, principalmente, dos desejos de auxiliar os alunos em sua formação integral.