Esta pesquisa foi desenvolvida a partir da problemática da garantia do acesso e a permanência de todos na escola, incluindo os alunos com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e transtorno de altas habilidades e superdotação. Desse modo, o trabalho promove discussões acerca das práticas pedagógicas desenvolvidas pelos(as) professores(as) do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de um município do semiárido nordestino, com o objetivo de identificar, compreender e analisar as práticas pedagógicas inclusivas. Esta análise ocorreu por intermédio de entrevista semi-estruturada, assim como a aplicabilidade da técnica shadowing (sombreamento), a qual contribuiu no processo de identificação dos indicadores de inclusão presentes no cotidiano escolar. A pesquisa está ancorada nos principais marcos político-legais da educação especial e inclusiva, como a Declaração de Salamanca, a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e o Estatuto da Pessoa com Deficiência, utilizando autores como Stainback (1999), Góes e Laplane (2013), Mantoan (2003) e Padilha (2015) como referência. O procedimento metodológico caracteriza-se como uma pesquisa de campo do tipo estudo de caso, de natureza descritiva e abordagem qualitativa. Quanto à análise dos dados foi elaborada em consonância com as contribuições da Teoria Fundamentada, que identifica as categorias a partir dos dados da pesquisa. Os resultados revelam a compreensão dos(as) professores(as) acerca da temática da inclusão e educação inclusiva, a utilização de recursos didático-pedagógicos, a organização e funcionamento da gestão escolar e a colaboração com as práticas pedagógicas, outrossim, elucidam as necessidades e desafios na atuação profissional na perspectiva da educação inclusiva, bem como os interesses e curiosidades direcionados à temática.