Os usos de smartphones e tablets se intensificaram desde a sua criação na década de 1990, e o intuito era tornar acessível tanto a comunicação quanto o acesso e compartilhamento de informações. Dados de pesquisas (2021), revelam que indivíduos brasileiros das diversas faixas etárias estão cada vez mais conectados, utilizando primordialmente os dispositivos digitais móveis para acesso à internet, seja para se comunicar, informar, trabalhar, aprender ou se divertir. Pesquisa TIC Domicílios 2021, realizada pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br), identificou que cerca de 88,8% da população brasileira possui telefone celular e destes, 99,4% o utilizam para acesso à internet. Com o passar do tempo, estes recursos se tornaram imprescindíveis na função de mediadores das diversas atividades econômicas, culturais e de setores sociais, fato que se tornou, para a escola, um desafio para inserção e uso como mediadores nas atividades de ensino. Neste artigo discutiremos as situações-limites para apropriação e uso de dispositivos digitais móveis, em especial smartphones e tablets, nas práticas de ensino de docentes de uma escola pública, que oferta o Ensino Médio, em um município situado no interior do estado da Bahia. Trata-se do recorte de uma pesquisa em andamento, realizada no Programa de Pós-Graduação, Mestrado em Educação, na Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia. Para tanto, optamos por uma abordagem qualitativa, de cunho descritivo, do tipo pesquisa-ação. Para construção dos dados utilizamos questionários e grupo focal. Os participantes são professoras/es, gestores e estudantes do Ensino Médio regular, da instituição de ensino aqui sinalizada. Os resultados iniciais revelam que as/os professoras/es compreendem que os dispositivos móveis fazem parte do cotidiano dos estudantes e, por isso, podem ser utilizados para facilitar a aprendizagem por meio das suas variadas funções/opções, contudo, ainda encontram dificuldades para esse uso no cotidiano escolar, devido as questões infraestruturais da escola.