A política educacional compreende as tomadas de decisões pelo Estado relativas à educação, tal como a reforma do Ensino Médio (EM) pronunciada pela Lei 13.415/2017, alterando a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nessa etapa da Educação Básica (EB). Doravante a análise das Políticas Públicas da Educação Brasileira por meio da legislação nacional que versam(ram) sobre a educação brasileira, proferida por Saviani (2008) e a sanção da citada Lei em 2017, fomentou-se a presente investigação acerca das perspectivas e limites da política pública no âmbito dos cursos técnicos integrados (CTI) ofertados pela Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT). A pesquisa teve como objetivo geral identificar quais as perspectivas e os limites da política de flexibilização do currículo do EM e especificamente, nos cursos técnicos integrados da Rede Federal. Amparou-se no soalho teórico de Saviani (2008); na Lei nº 13.415/2017, que altera as Leis nº 9.394/1996, (...) e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de EM em Tempo Integral; em Ferretti (2018); Boccato (2006); Oliveira, Miranda e Saad (2020) e Bardin (2016). O presente estudo constitui-se, numa pesquisa bibliográfica e documental, numa abordagem qualitativa, com vistas a interpretar contextual e pormenorizadamente o processo reformatório desta etapa da EB e suas implicações para a formação técnica integrada. Os resultados indicaram a descontinuidade dos programas educacionais, os limites dos itinerários formativos, visando-se apenas o desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais, alheando-se à produção social dos jovens e a ruptura da integração curricular prevista nos CTI´s da RFEPCT, em decorrência da separação da formação comum a todos os alunos, determinando o acesso fragmentado aos conhecimentos contidos nas áreas da Base Nacional Comum Curricular, descortinando um cenário de uma retomada do ideário neoliberal de nova extinção da formação técnica integrada.