Este trabalho discute a experiência de uma estudante de Licenciatura em Dança, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), ao ingressar no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid Dança) e desenvolver, em colaboração, o Projeto Estrelar. Ao inserir-se nas devidas salas de aula, percebeu-se que o lugar ocupado pela dança no ensino formal e no ensino não formal diferem, embora ambos aconteçam no espaço da escola. Tem-se como objetivo refletir sobre os desafios da iniciação à docência a partir da inserção no componente curricular Arte/Dança no ensino formal por meio do Pibid Dança, em João Pessoa-PB e, no ensino não formal através de vivências extracurriculares na educação infantil com o Projeto Estrelar em Santa Rita-PB. As principais referências teóricas deste trabalho são: Isabel Marques (2003; 2010) cujo foco é no ensino formal de dança e Maria da Glória Gohn (2006; 2014) sobre ensino de arte e cultura no ensino não formal. A partir dessas experiências, constatou-se que o ensino de dança na escola enfrenta maiores dificuldades para se estabelecer nas aulas de Arte/Dança no ensino formal. Muitas vezes, a dança é incompreendida pela comunidade escolar que desconhece seus conteúdos e possibilidades educacionais, o que compromete seu desenvolvimento. Contrariamente, nas escolas privadas a dança como componente extracurricular é recebida com entusiasmo por todos(as). Entretanto, desafios referentes ao espaço físico e a gestão escolar, por exemplo, permanecem. Portanto, considera-se que este trabalho abre portas para o reconhecimento das possibilidades do ensino de dança na escola e promove reflexões acerca do exercício docente, demonstrando as diferenças e similaridades entre o espaço formal e não formal de ensino. Além disso, compreende-se que a comunidade escolar necessita de um letramento referente à linguagem da dança, incluindo, seu ensino, bem como sobre a sua importância para a formação crítica e consciente do ser.