No período republicano o cenário educacional maranhense configurava-se com um conjunto de escolas graduadas, mistas e escolas domésticas. Essas escolas tinham como características as poucas condições físicas e pedagógicas. Na baixada maranhense prevaleciam às escolas domésticas, visto as condições de pobreza e distância em relação a capital do Estado. Assim, estas escolas consideradas sem estrutura e com poucas condições pedagógicas supriram em parte as carências por estabelecimentos de ensino naquele contexto sócio-histórico-cultural que era desprovido de aparato social, com quantitativo inexpressivo de professores habilitados e inexistência de políticas estatais que fornecessem subsídios aos alunos de classes populares. Autores como Faria Filho (2006) e Souza (2007) associavam estas escolas a pardieiros, lugares insalubres e superlotados. Com mobiliário desconfortável e ausência de sistematização de práticas pedagógicas, no entanto essas eram as disponíveis para a população baixadeira. Naquele momento histórico a cidade apresentava um conjunto de escolas domésticas ou isoladas. Dentre elas destacavam-se inicialmente a Escola Doméstica Nossa Senhora de Fátima era considerada uma das mais importantes por ser uma das mais antigas e respeitadas da localidade, pelos métodos de ensino e pela rigidez das práticas de disciplinamento dos alunos. A Escola Nossa Senhora de Fátima iniciou seu funcionamento no ano de 1923. Tinha como proprietária e docente a professora Judith Bastos Reis (1902 - 1985). O estudo em questão faz parte dos primeiros levantamentos e escritos do projeto de Mestrado em Educação da Universidade Federal do Maranhão que tem como título provisório “AS ESCOLAS DOMÉSTICAS NO CONTEXTO DA CONSTITUIÇÃO DO CAMPO EDUCACIONAL DA PRINCESA DA BAIXADA (1960-1980): saberes, práticas e sujeitos”. Diante disso, o objetivo desta comunicação é conhecer por meio de narrativas de ex-alunos da escola Nossa Senhora de Fatima a história o estabelecimento e algumas de suas práticas cotidianas. Palavras-chave: Escolas domesticas; Educação Maranhense; Princesa da Baixada