A elaboração deste artigo emerge de inquietações acerca das infâncias, na perspectiva de suas culturas em interface com a Educação Intercultural Crítica. Deste modo, compreende-se que no cenário de educação tradicional as culturas infantis são invisibilizadas, dada a perspectiva homogeneizadora que permeia o ambiente escolar. Assim, concebe-se a necessidade de pensar uma educação que atenda a multiplicidade, diversidade das infâncias e acolha suas intersecções como exemplo: gênero, classe, etnia, dentre outras questões. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa ancorada nos fundamentos metodológicos de Lakatos e Marconi (2003).No que tange ao referencial teórico, essa pesquisa desenvolve-se com base nos estudos de : Sarmento (2002), Corsaro (2011), Oliveira (2015), Candau (2016), Dussel (2016). Como resultados preliminares evidenciam-se que: A educação intercultural crítica é um basilar para o reconhecimento das culturas infantis na escola, uma vez que ela se apresenta como uma proposta de respeito as diferenças e uma visão contra hegemônica de cultura. Dessa feita, identifica-se que a interculturalidade, revela a conexão entre os sujeitos únicos e seus contextos culturais múltiplos sem esquecer daquilo que é considerado subjetivo nesse processo articulatório. Por fim, acredita-se que a educação intercultural crítica representa um caminho para o reconhecimento das infâncias em suas culturas, por trazer significado as práticas das crianças dentro e fora da escola, partindo da sua realidade e especificidades enquanto sujeitos autônomos.